Técnica garante benefícios aos pacientes que desejam ter filhos futuramente
São Paulo, novembro de 2024 – Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 71 mil brasileiros devem receber o diagnóstico do câncer de próstata ainda este ano. Esses dados tornam urgente a discussão sobre os efeitos colaterais dos tratamentos, como quimioterapia e radioterapia, na fertilidade masculina.
De acordo com Dr. Maurício Chehin, especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington, a quimioterapia, embora eficaz, pode comprometer a produção de espermatozoides. “Os medicamentos utilizados podem danificar o DNA e a estrutura celular dos testículos, resultando em uma redução significativa na contagem e qualidade dos espermatozoides. Em alguns casos, pode ocorrer ausência temporária ou permanente de espermatozoides, dependendo do tipo e da dosagem da quimioterapia”, explica.
A radioterapia, por sua vez, utiliza radiações ionizantes para eliminar células cancerígenas, mas também pode afetar a fertilidade quando direcionada à região pélvica. “A radiação pode danificar diretamente os tecidos responsáveis pela produção de espermatozoides, com efeitos colaterais variando conforme a dose e localização da radiação”, destaca Dr. Maurício.
Além disso, de acordo com o especialista, em alguns tratamentos de quimioterapia e radioterapia há casos em que o paciente com câncer de próstata precisa se submeter a uma prostatectomia radical – cirurgia para retirada completa da próstata e das vesículas seminais –, tornando-o infértil, já que o procedimento cirúrgico interrompe a ligação entre os testículos (onde o esperma é produzido) e a uretra.
Solução
O médico ressalta que diante deste cenário é fundamental que os homens diagnosticados com câncer considerem as opções de preservação da fertilidade antes de iniciar o tratamento. Sendo assim, indica a técnica de criopreservação do sêmen, um processo que envolve o congelamento e armazenamento de espermatozóides. “A criopreservação é utilizada para preservar a fertilidade masculina, permitindo que o sêmen seja mantido por longos períodos sem perda significativa de viabilidade, garantindo a possibilidade de concepção futura”, explica.
Segundo o especialista, após o congelamento, o paciente pode recorrer à inseminação artificial ou a fertilização in vitro. “Na inseminação, o sêmen previamente coletado e preparado é introduzido diretamente no útero da parceira durante o período fértil. Já a fertilização in vitro realiza a fecundação do óvulo pelo espermatozoide em laboratório (in vitro) para posterior implantação do embrião no útero da futura mãe”, afirma.
Por fim, Dr. Maurício ressalta que muitos homens diagnosticados com câncer enfrentam um período de incerteza e insegurança, que podem afetar a saúde emocional e destaca que a orientação médica é essencial nesse momento. “Os pacientes devem ser informados pelos oncologistas sobre a possibilidade de criopreservação antes do início do tratamento de câncer. Assim, eles têm a oportunidade de preservar a fertilidade e planejar um futuro familiar”, conclui.
Sobre a Huntington Medicina Reprodutiva
A Huntington atua há 29 anos como especialista em medicina reprodutiva, sendo nacionalmente reconhecida pela excelência médica, pioneirismo e inovação para ofertar aos pacientes tratamentos com critérios internacionais de qualidade.
Os procedimentos são para tratamento de infertilidade masculina, feminina e do casal divididos em aconselhamento genético, coito programado, congelamento de óvulos, doação de gametas, tratamento de endometriose, espermograma, fertilização in vitro, inseminação intrauterina, oncofertilidade, tecnologia time-lapse e procedimentos para casais homoafetivos.