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Terapia Ocupacional devolve autonomia social em celebrações de fim de ano

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Reabilitação funcional devolve autonomia em gestos básicos com foco em reduzir a sobrecarga dos cuidadores e fortalecer o pertencimento

As celebrações de fim de ano aumentam a exposição social de pacientes em reabilitação e colocam em evidência gestos simples como servir-se, cortar alimentos ou vestir-se sem auxílio. Esses movimentos determinam se a pessoa conseguirá participar plenamente de encontros e viagens, e têm impacto direto na autoestima. No Brasil, 23,2% das pessoas com 50 anos ou mais, relatam dificuldade em realizar ao menos uma atividade básica da vida diária, segundo dados mais recentes do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil).

A pesquisa indica limitações funcionais crescentes em tarefas como alimentar-se, vestir-se e cuidar da própria rotina. Syomara Cristina, terapeuta ocupacional especializada em reabilitação funcional, afirma que “a Terapia Ocupacional trabalha exatamente para devolver significado a esses gestos que parecem pequenos, mas que definem se o paciente estará de fato presente em momentos sociais importantes”. A prática da Terapia Ocupacional (TO) envolve treinar habilidades reais do cotidiano, que ganham relevância em dezembro. Ações como manusear talheres com segurança, ajustar a roupa para uma confraternização ou organizar a própria refeição passam a ser trabalhadas de forma integrada, respeitando a capacidade funcional e o ambiente em que o paciente circula. A proposta é transformar o que era dependência em ação consciente e adaptada.

A terapeuta explica que esses ganhos não são apenas motores. Eles reduzem ansiedade, diminuem o sentimento de incapacidade e fortalecem o vínculo emocional do paciente com a família e com o próprio corpo. “A aproximação entre funcionalidade e vida social permite que dezembro seja vivido com mais confiança e menos sobrecarga para cuidadores. Na Terapia Ocupacional, a ocupação é um recurso terapêutico utilizado para recuperar a independência nas atividades de vida diária. Ela promove autonomia por meio de atividades que funcionam como instrumento para alcançar esse objetivo”, afirma.

O processo terapêutico, focado em ações com sentido, utiliza a atividade significativa, como preparar a ceia de Natal ou embrulhar presentes, como ferramenta central de reabilitação. Dessa forma, o paciente não está apenas movendo um membro, mas praticando uma ação com propósito emocional e social, o que engaja áreas cognitivas e emocionais, resultando em uma recuperação mais rápida e duradoura. A adaptação de tarefas e o uso de tecnologia assistiva também são integrados para otimizar a performance em atividades complexas do convívio social.

Syomara Cristina reforça que devolver autonomia é devolver participação. Quando o paciente percebe que consegue executar tarefas que têm significado para ele, o impacto ultrapassa o consultório e alcança o campo das relações, do pertencimento e da autoestima.

Sobre Syomara Cristina Szmidziuk – Terapeuta ocupacional há mais de 30 anos, tem experiência no tratamento em reabilitação dos membros superiores em pacientes com lesões neuromotoras. Faz atendimentos com terapia infantil e juvenil, adultos e terceira idade. Desenvolve trabalhos com os métodos Bobath, Baby Course, Reabilitação Neurocognitiva Perfetti, Reabilitação de Membro Superior – Terapia da Mão, Terapia de Contenção Induzida (TCI) e Imagética Motora entre outros.

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