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Marmitas congeladas: entenda o que é fato e o que é fake

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Female hand holds a glass container with green peas against the background of a freezer with other boxes.

Em entrevista, nutricionista do CEJAM dá dicas para prepará-las da maneira correta e sem perder a qualidade

Female hand holds a glass container with green peas against the background of a freezer with other boxes.

As marmitas congeladas podem ser uma ótima opção para quem busca praticidade e uma alimentação saudável diante da correria do dia a dia. Apesar disso, essa prática, que vem se popularizando e fazendo parte da rotina alimentar de muitos brasileiros, ainda gera dúvidas.

Existem discussões sobre o fato de o congelamento prejudicar os nutrientes dos alimentos, retirar o sabor, e, até mesmo, alterar a textura original. O fato é que, quando feitas corretamente, elas podem ser ótimas aliadas para atingir equilíbrio nutricional de forma ágil.

Pensando nisso, Marlucy Lindsey Vieira, nutricionista na UBS Jardim Nakamura, gerenciada pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, desmitifica o que é verdade e o que é mentira sobre tema, além de fornecer dicas para prepará-las de maneira eficiente.

Confira:

Existem riscos à saúde associados ao consumo de marmitas congeladas?

FAKE! Se você preparou em casa a sua própria refeição e utilizou alimentos naturais e considerados saudáveis, a comida congelada não fará mal. Pelo contrário, ajudará a manter uma alimentação mais regrada e saudável.

Marmita congelada deixa de oferecer benefícios nutricionais?

FAKE! Ao serem congelados, os alimentos não perdem seu valor nutricional, pois não há redução de calorias, fibras ou minerais. Eles também mantêm a mesma quantidade de gordura, proteínas, açúcar e carboidratos. O que pode mudar é o conteúdo de água, algo que se torna evidente quando descongelamos a comida. Um brócolis ou uma couve-flor, por exemplo, ficará um pouco mais úmido.

Existe um tempo ideal de armazenamento para elas?

FATO! O tempo ideal de armazenamento é de até 90 dias no freezer, com temperaturas entre -18° e -20°. Nesse período, por ser mais longo, pode ocorrer uma pequena perda de vitaminas, como o folato e a vitamina C, mas trata-se de uma quantidade muito pequena.

Colocar alimentos quentes no congelador pode impactar na qualidade da refeição?

FATO! É crucial que o alimento esfrie completamente antes de fechar as marmitas e colocá-las no congelador. Isso porque, quando a marmita é tampada com o alimento ainda quente, o vapor da comida condensa e forma gotículas de água no recipiente e na tampa. Quando congeladas, essas gotículas se transformam em cristais de gelo que, ao descongelar, derretem e acumulam água no fundo da marmita.

No entanto, é importante não deixar passar muito tempo após a preparação para congelar, pois a ação das bactérias começa rapidamente e o congelamento é justamente o processo usado para prolongar a vida útil do alimento.

Existe uma forma correta para preparar legumes que vão para as marmitas?

FATO! Os legumes devem ser preparados utilizando a técnica de branqueamento.

Primeiramente, é preciso mergulhar os legumes em água fervente (60ºC a 100ºC) por 2 minutos ou até a água voltar a ferver, com o objetivo de inativar as enzimas.

Em seguida, é necessário transferi-los para um recipiente com água gelada e pedras de gelo, deixando-os descansar por 2 minutos. Após retirá-los da água, deixe os legumes secarem sobre um pano limpo e seco. Finalmente, coloque os legumes nas marmitas e leve-as ao congelador.

Há opções que são mais indicadas para compor marmitas, de modo a preservar sua qualidade e sabor?

FATO! Cozinhar bem os alimentos e selar as carnes com um fio de azeite na panela, formando uma pequena crosta, ajudará a impedir a liberação de água quando a marmita estiver descongelada. Já as leguminosas preparadas através do branqueamento tendem a manter a cor, a consistência e o sabor. Alimentos assados ​​também não liberam muita água durante o descongelamento e mantêm o sabor. Também é indicado colocar menos sal do que o habitual, pois o congelamento realça o sabor do sal.

Existem alimentos que devem ser evitados nas marmitas que serão congeladas? Se sim, quais e por quê?

FATO! Legumes com muita água. O chuchu e a abobrinha são bons exemplos. Caso queira seguir com as opções, é preciso preparar corretamente, cortando em cubos bem pequenos antes de serem cozidos. Recomenda-se usar a própria água desses legumes para o cozimento al dente, pois, caso contrário, eles poderão liberar muita água e perder o sabor após o descongelamento.

A marmita pode ser recongelada após o descongelamento, caso a pessoa não queira consumir toda a porção de uma vez?

FAKE! Uma vez descongelada, a marmita não deve ser congelada novamente.

Por fim, existem recipientes mais indicados para a preservação dos nutrientes e do sabor dos alimentos?

FATO! A escolha do recipiente é crucial. Ele deve ser fácil de limpar e não pode reter cor, cheiro, nem liberar micropartículas que podem contaminar os alimentos.

As melhores embalagens são as de vidro com tampa hermética, pois são consideradas mais simples de higienizar e mais sustentáveis. Uma segunda opção seria as embalagens de plástico, porém é essencial que sejam do tipo BPA Free, o que indica que o produto é livre de bisfenol A, um composto orgânico sintético usado na produção de plásticos e que é prejudicial à saúde.


Sobre o CEJAM

O CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com o poder público no gerenciamento de serviços e programas de saúde em São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Itu, Santos, São Roque, Ferraz de Vasconcelos, Pariquera-Açu, Itapevi, Peruíbe e São José dos Campos.

A organização faz parte do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (IBROSS), e tem a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde.

O CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.

No ano de 2024, a organização lança a campanha “366 Novos Dias de Cuidado, Amor e Esperança: Transformando Vidas e Construindo um Futuro Sustentável”, reforçando seu compromisso com o bem-estar social, a preservação do meio ambiente e os princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança).

Siga o CEJAM nas redes sociais (@cejamoficial) e acompanhe os conteúdos divulgados no site da instituição.

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