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Só é possível ser feliz na sexta-feira? Clóvis de Barros Filho propõe outra forma de viver o trabalho

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Em Happy Hour é na Segunda, o filósofo propõe uma reflexão provocadora sobre o sentido do trabalho, da cultura corporativa e da busca por felicidade no cotidiano profissional

A provocação de Clóvis de Barros Filho começa já no título Happy Hour é na Segunda. A ideia soa absurda à primeira vista, afinal, quem associa segunda-feira à felicidade? Mas é justamente desse desconforto que o autor parte para questionar a lógica que separa prazer e trabalho, alegria e segunda-feira, felicidade e vida produtiva. Segundo ele, se a “hora feliz” só chega quando o expediente termina, talvez algo esteja profundamente errado na maneira como enxergamos o que fazemos todos os dias.

O livro, publicado pela Citadel Grupo Editorial, traz uma série de reflexões sobre cultura, valores e modos de viver e trabalhar. A partir de sua experiência como professor, palestrante e filósofo, ele analisa como o discurso corporativo contemporâneo foi se transformando em um repertório de obviedades repetidas sem reflexão e como isso empobrece o sentido do trabalho e da vida coletiva.
 

Em um tom acessível, bem-humorado e profundamente crítico, Clóvis propõe ao leitor um olhar ético e cultural sobre o mundo do trabalho. Ele examina o que há por trás de expressões comuns, como “espírito de dono”, “zona de conforto”, “resiliência” e “excelência”, desvendando as contradições de um ambiente que cobra engajamento e produtividade enquanto desumaniza suas relações.
 

Um dos eixos centrais do livro é a discussão sobre cultura corporativa, termo que o autor reconstrói. Para ele, cultura não é um conjunto de regras fixas, mas um modo de atribuir valor às ações, aos pensamentos e às relações humanas. “A cultura oferece uma ideia clara a todo trabalhador de como se deve trabalhar”, escreve Clóvis, observando que, ao definir o que é uma boa conduta, cada empresa e sociedade desenha também o contorno do que considera uma vida boa.
 

O filósofo recupera o espírito da ética aristotélica, em que a felicidade nasce do exercício virtuoso da atividade, para afirmar que o trabalho pode ser um espaço legítimo de prazer e realização. Não um meio para o descanso de sexta, mas um fim em si mesmo. “Felicidade ao dar a palestra, em dar a palestra, por dar a palestra”, sintetiza o autor, numa defesa apaixonada da alegria que nasce do fazer.

Ao longo dos capítulos, Clóvis transita entre filosofia, antropologia e experiências do cotidiano. Ele analisa como as culturas se formam e se chocam, como valores se relativizam no tempo e no espaço, e como a linguagem, aquilo que pensamos e dizemos, molda o ambiente de trabalho e nossas próprias identidades. Ao fazê-lo, desmonta a pretensão de neutralidade das empresas, mostrando que todo discurso corporativo é também um discurso ético e político.
 

Happy Hour é na Segunda é, portanto, uma reflexão sobre o sentido de estar no mundo e de agir com propósito. Ao reivindicar a felicidade não como recompensa, mas como processo, Clóvis de Barros Filho propõe uma inversão radical: o trabalho não deveria ser o oposto da vida, mas uma de suas expressões mais plenas. Porque, como ele sugere, esperar pela sexta-feira é desperdiçar a semana e talvez a própria existência.


 

FICHA TÉCNICA

Título: Happy Hour é na Segunda

Autoria: Clóvis de Barros Filho

Editora: Citadel Grupo Editorial

ISBN: 978-65-5047-687-8

Páginas: 240

Preço: R$ 69,90 (físico) / R$ 48,90 (ebook)

Onde encontrar: Amazon | Principais livrarias do país

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Sobre o autor: Clóvis de Barros Filho é filósofo, professor e palestrante brasileiro, conhecido por tornar temas complexos da ética, filosofia e comportamento humano acessíveis ao grande público. Com formação em Direito e Filosofia, atua há décadas no ensino universitário e na divulgação de ideias que incentivam reflexão sobre felicidade, sentido da vida e valores. Autor de livros e vídeos que circulam amplamente, Clóvis é reconhecido por sua capacidade de unir profundidade teórica a uma linguagem leve e envolvente, conquistando audiências diversificadas em todo o Brasil.

Sobre a editora: Fundada em 2014, a Citadel Grupo Editorial tem como missão transformar vidas por meio da leitura. Seu catálogo reúne títulos de autores nacionais e internacionais de destaque, como Napoleon Hill, Sharon Lechter e Clóvis de Barros Filho, com obras que transitam por áreas como crescimento pessoal, filosofia, espiritualidade, negócios, ética e ficção. Sob a condução do Editor Executivo Marcial Conte Jr., a editora consolidou-se como referência ao publicar sucessos como Mais esperto que o diabo, de Napoleon Hill, e ampliar continuamente sua presença no mercado brasileiro.

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