O movimento do voluntariado é um dos principais pilares do terceiro setor, que atua para promover o desenvolvimento social.
A Organizações das Nações Unidas (ONU) em 1985 instituiu o dia 5 de dezembro como Dia Internacional do Voluntário. No dicionário aprende-se que voluntário significa aquele que age por vontade própria. Daí a importância da data ao celebrar a pessoa que decide integrar o voluntariado.
Há alguns anos atrás, as empresas estavam preocupadas em alinhar seus programas de voluntariado aos objetivos de negócio. Hoje, estão mais preocupadas com os impactos internos na corporação e com a aquisição de habilidades de seus funcionários. A conclusão é um dos destaques da Pesquisa Voluntariado Corporativo no Mundo, elaborada pelo Itaú Social.
“O estudo foi realizado com 47 empresas nacionais, regionais e mundiais, sediadas na Ásia, Europa, África, América do Norte e América do Sul”, ressalta Vininha F. Carvalho, administradora de empresas e editora da Revista Ecotour News & Negócios.
O voluntariado corporativo tem ganhado cada vez mais notoriedade na agenda ESG não apenas pelo seu poder de transformar as comunidades ao redor das empresas, mas também por contribuir para a evolução da cultura organizacional destas. Isso porque, além do impacto social e do fortalecimento da reputação institucional, programas de voluntariado reforçam os valores corporativos com os quais os colaboradores se identificam.
Uma recente pesquisa publicada pelo Journal of Business and Management1, da National Chung Cheng University, de Taiwan (referência em pesquisas empresariais), indica que a Governança Social, ou seja, a gestão e os valores voltados para a coletividade e comunidade, é o pilar mais importante para os funcionários se manterem na empresa quando o assunto é ESG. Só que para isso é fundamental que a empresa crie e incentive ações para que seus colaboradores tenham oportunidade e acesso à ação voluntária.
Os principais temas abordados pelos voluntários focam em educação, crianças e jovens, saúde e comunidade em geral. O apoio às catástrofes permanece entre as prioridades, mas muitas estão ajustando as ações às reais necessidades das regiões afetadas e suas populações. Outra tendência bastante focada em ações específicas são os programas cross-borders ou transnacionais, que envolvem a atuação do voluntariado em outros países.
Mário Laffitte, Vice-Presidente da Samsung América Latina, relata que o Programa de Voluntariado Corporativo da Samsung, presente em toda a América Latina e organizada pelas equipes de Cidadania Corporativa, sempre oferecem ações em prol da base educacional de crianças e jovens.
Segundo Maria Nilce, superintendente de Ação Social e Filantropia do CIEE, o trabalho voluntário, independente da organização que seja feito, se constitui como um diferencial no currículo do jovem. Os trabalhos voluntários são uma ótima experiência de enriquecimento do currículo e demonstram habilidades de comprometimento, além de trazer ao jovem uma oportunidade de aumentar sua rede de contatos e trabalhar melhor em equipe.
“É inegável que houve grande avanço na promoção de ações de voluntariado em todas as esferas da sociedade em todo o mundo. Mas, é preciso despertar em cada cidadão o sentimento de que é possível fazer a diferença na busca pela qualidade de vida com o somatório de ações individuais”, conclui Vininha F. Carvalho.