Com mercado global projetado em US$ 2,5 trilhões até 2035, empresa propõe novo modelo de eficiência e impacto social na cadeia de suprimentos de eventos corporativos
O mercado global de eventos, avaliado em US$736,8 bilhões em 2021 e projetado para alcançar US$2,5 trilhões até 2035, segundo relatório da Allied Market Research (2024), está entre os setores de maior expansão e transformação digital da economia mundial.
Apesar do volume bilionário, o setor ainda convive com uma estrutura fragmentada: 94% dos fornecedores são micro e pequenas empresas, e um único evento pode envolver até oito camadas de intermediação entre o contratante e o profissional que executa o serviço.
Foi para enfrentar essa ineficiência que nasceu a Celebrar, marketplace B2B fundado em 2017 por Camila Florentino, formada em Lazer e Turismo e com MBA em Gestão de Negócios pela Universidade de São Paulo (USP). “Em um grande festival, vi um controlador de acesso receber R$ 50 e uma marmita por 12 horas de trabalho, enquanto a empresa contratante pagava R$ 350 por esse mesmo serviço. Descobri que havia de sete a oito intermediários até chegar ao profissional da ponta. Aquilo me revoltou. Eu levei esse problema para a universidade e decidi estudar como resolver”, lembra Florentino.
Eficiência e rastreabilidade em um setor pulverizado
A partir dessa inquietação, a empreendedora desenvolveu a Celebrar, que conecta milhares de fornecedores a grandes empresas e automatiza a gestão de toda a cadeia de eventos.
A plataforma, que opera em regime de bootstrapping, atingiu em 2025 a marca de 90% de automação nos pagamentos, com R$12 milhões em faturamento anualizado. A empresa integra diretamente a API de Pix de um grande banco, permitindo que o próprio fornecedor acione o pagamento e receba de forma imediata, com liquidação rastreável na chave CNPJ.
“Planilhas, conferências manuais e retrabalhos eram rotina. Hoje, o pagamento acontece no clique do fornecedor, seguro, escalável e sem erros. É uma solução simples para quem vende, mas estruturante para o mercado”, explica a CEO.
Responsabilidade social e transparência
Além da eficiência financeira, o modelo proposto busca responder a um desafio ético do setor, a falta de rastreabilidade e o risco de violações trabalhistas em produções de grande porte. Casos de acidentes e denúncias de condições precárias em eventos no país chamaram atenção de patrocinadores e organizadores, que agora demandam maior controle sobre a conformidade da cadeia.
“Os patrocinadores investem em eventos pela imagem pública que constroem, mas também têm responsabilidade sobre o que acontece por trás do palco. A Celebrar garante transparência total no fluxo de contratação e pagamento, fortalecendo o compromisso com práticas sustentáveis e socialmente responsáveis”, destaca Florentino.
Cadeia de valor e impacto econômico
Segundo o relatório da Allied Market Research, o patrocínio corporativo permanece como principal motor de crescimento do setor, com empresas migrando parte do orçamento de mídia tradicional para experiências ao vivo e ativações de marca. Essa expansão cria demanda por tecnologia e compliance em toda a cadeia produtiva.
“Queremos que cada pequeno fornecedor tenha acesso a oportunidades reais em um mercado trilionário. Simplificar eventos com responsabilidade e tecnologia é a nossa missão porque eficiência também é justiça”, resume Camila Florentino.
Sobre Camila Florentino
Camila Florentino é CEO e fundadora da Celebrar, marketplace B2B para eventos corporativos que conecta mais de 7 mil fornecedores a grandes empresas. Formada em Lazer e Turismo e com MBA em Gestão de Negócios pela Universidade de São Paulo (USP), iniciou sua trajetória no setor de eventos atuando na produção de festivais de grande porte como Lollapalooza, Tribe e Tomorrowland.
Reconhecida como uma das lideranças mais inovadoras do setor, Camila escreveu o primeiro estudo acadêmico no Brasil sobre tecnologia aplicada a eventos, premiado pelo Santander Empreendedorismo 2013 e que lhe garantiu uma bolsa na Babson College em 2014. Essa pesquisa deu origem à Celebrar, fundada em 2017.
Sob sua liderança, a startup já distribuiu mais de R$ 25 milhões a micro e pequenos empreendedores (MEIs), promovendo impacto social mensurável, inclusão e inovação. A empresa foi eleita entre as TOP 10 Startup Awards Impacto Social 2022, conquistou a 45ª posição no 100 Open Scaleup Brasil 2023 e, em 2024, ficou no TOP 2 do ranking 100 Open Startups.
Além de dirigir a Celebrar, Camila também atua como vice-presidente da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), a maior entidade de fomento ao empreendedorismo inovador da América Latina, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema de startups no país.
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Sobre a Celebrar
A Celebrar é um marketplace B2B de eventos corporativos que conecta mais de 7 mil fornecedores a grandes empresas em todo o Brasil. Fundada em 2017, a startup pivotou soluções para trazer eficiência à cadeia de suprimentos do mercado de eventos. Em 2021, lançou as Lojas Virtuais de Eventos, solução que já movimentou mais de R$ 25 milhões em pagamentos a microempreendedores individuais (MEIs) e pequenos negócios, promovendo impacto social mensurável e inovação em um setor tradicionalmente marcado por burocracia.
Com tecnologia própria, a plataforma permite que fornecedores cadastrem seus serviços e empresas contratantes possam orçar, negociar e automatizar a gestão de eventos de forma simples e escalável. Atualmente, já são mais de 4,4 mil eventos contratados pela plataforma.
Reconhecida entre as TOP 10 Startup Awards Impacto Social 2022, classificada na 45ª posição do 100 Open Scaleup Brasil 2023 e eleita TOP 2 no ranking 100 Open Startups 2024, a Celebrar tem como missão simplificar eventos com responsabilidade, eficiência e tecnologia, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 8) da ONU, que promove trabalho decente e crescimento econômico inclusivo.
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