quinta-feira, outubro 17, 2024

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Relatório da ONU traz dados alarmantes em relação a segurança alimentar; especialistas destacam necessidade de boa alimentação para cuidados da pele

A nutricionista Nelciene Borges e a dermatologista Marília Acioli orientam como manter a saúde da pele, principalmente em estações mais frias como o inverno

O relatório O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo” (SOFI), publicado em 2023 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), traz dados alarmantes em relação à segurança alimentar no Brasil nos últimos anos. O relatório informa que em 2022, mais de 70 milhões de pessoas estavam em estado de insegurança alimentar moderada; e mais de 20 milhões se encontravam em um estado de insegurança grave.

Para além de todos os aspectos sócio-econômicos, a desnutrição também traz problemas graves para a saúde da pele. De acordo com o artigo “An overview about oxidation in clinical practice of skin aging”, publicado na National Library of Medicine mostra que a má alimentação leva ao envelhecimento da pele, por meio do dano oxidativo acumulado, juntamente com uma diminuição da função metabólica, o que também leva a inflamações cutâneas.

Além disso, no inverno é muito comum um maior desgaste da pele, uma vez que ela tende a ficar mais seca devido à baixa umidade do ar e às temperaturas mais frias. Além disso, há uma tendência a uma diminuição do uso de protetores solares devido a diminuição de temperatura, no entanto, mesmo no inverno, os raios UV podem danificar a pele.

De acordo com a nutricionista Nelciene Borges, uma dieta inadequada no inverno pode ser muito danosa para a saúde da pele. “No inverno, tende a agravar mais porque a gente fica mais recluso, gastando menos calorias, a gente se resguarda mais e tende a comer alimentos mais calóricos por causa do frio. O que eu chamaria de uma dieta inadequada nesse período seria tomar aqueles chocolates quentes, alimentos muito ricos em açúcar e muitos comuns na estação. São alimentos que promovem glicação, ou seja, promovem um envelhecimento celular“, destaca.

Em relação às práticas que as pessoas podem adotar para o cuidado da pele durante essa estação, Nelciene Borges destaca uma alimentação baseada em alimentos menos calóricos. “A gente recomenda que durante esse período se continue comendo mais frutas, alimentos in natura, as carnes mais magras, menos gordura, para evitar algum acúmulo de proliferação de acne“. Além disso, a nutricionista explica que alguns alimentos podem ser consumidos para balancear o excesso de chocolates quentes e outras comidas mais gordurosas e calóricas na estação: é o caso do mingau. 

É óbvio que se a gente manter alimentos mais frescos no verão é muito melhor, e no inverno a gente pode usar um pouco mais os alimentos mais quentinhos. O mingau, às vezes, é uma boa opção, sendo feito com leite de coco natural ou então leite de amêndoas. As sopas quentinhas também são ótimas opções para o inverno e que acabam deixando a gente um pouco mais hidratado, porque são alimentos mais líquidos. Esses alimentos são bons para a pele, não são gordurosos“, reforça.

Outros alimentos bons para a estação são os peixes ricos em ômega, como salmão, sardinha, atum; além de castanhas, nozes, amêndoas, pistache e frutas cítricas, por terem alta capacidade antioxidante. No entanto, é importante ressaltar que não adianta uma dieta equilibrada se uma pessoa não se mantiver hidratada. “É importante lembrar sempre de manter a pele hidratada. Não adianta colocar alimentos ricos em nutrientes e antioxidantes e não beber água. Principalmente no inverno, porque as pessoas não sentem muito calor e acabam esquecendo de beber água”, completa a nutricionista.

Consultar uma dermatologista também é uma alternativa importante

Outros cuidados podem ser tomados para evitar o envelhecimento e outros danos à pele. Algumas opções são o uso de hidratantes, protetores solares, banhos mornos e curtos ajudam a manter os óleos naturais por mais tempo na pele

Além disso, a dermatologista especialista em DermatocosmiatriaDra. Marília Acioli, também integrante do corpo clínico da Áurea Dermatologia Integrada, situada em Salvador, explica que realizar atividades físicas regulares também são importantes para desacelerar o envelhecimento da pele.

Todas as atividades que melhoram a qualidade da pele e estimulam o colágeno são benéficas e recomendadas para amenizar os efeitos do envelhecimento ao longo do tempo. Um sono adequado e exercícios físicos. Esse conjunto faz com que a pessoa tenha níveis de oxidação do corpo mais baixos, gerando uma saúde geral melhor e isso vai ser refletido na pele”, destaca a médica.
Por outro lado, a médica também reforça a importância de uma boa alimentação, principalmente para a proteção da pele em tempos frios, que podem causar a incidência de doenças devido ao ressecamento da pele. Nesse período, é comum o surgimento de infecções fúngicas, bacterianas e virais, bem como no aparecimento de alergias. Desse modo, algumas doenças como dermatite atópica (que provoca coceira e erupções), dermatite seborreica (caspa), psoríase (que causa vermelhidão e descamação) e ictiose vulgar (que provoca o ressecamento e a descamação da pele) são mais comuns no inverno.

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