Diagnóstico precoce e cuidado integral são fundamentais para qualidade de vida
Nos últimos anos, o Alzheimer ultrapassou os limites dos consultórios e ganhou espaço também na cultura e, em especial, na indústria cinematográfica. Produções como Para Sempre Alice (2014) e O Pai (2019) emocionaram plateias ao retratar, de forma sensível, o impacto da doença na vida de pacientes e familiares. Mais recentemente, o filme Toque Familiar (2025) foi aplaudido de pé na mais recente edição do Festival de Veneza, reforçando como o tema segue mobilizando artistas, críticos e o público em todo o mundo.
No Brasil, Toque Familiar acaba de estrear, retratando a história de uma mulher (Kathleen Ann Chalfant) diagnosticada com Alzheimer, evidenciando os desafios da perda de memória e o papel fundamental dos vínculos afetivos no processo de cuidado.
“Toque Familiar nos lembra que o Alzheimer não é apenas uma doença da memória: ele transforma histórias de vida inteiras, desafiando lembranças, afetos, vínculos e a própria identidade. É nesse ponto que a arte se conecta com a vida real. O filme traduz com muita sensibilidade os desafios de conviver com a doença. Ao retratar a doença de maneira tão próxima e humana, ele amplia a consciência da sociedade sobre a realidade de milhares de famílias que enfrentam essa jornada todos os dias”, afirma Dr. Diogo Haddad, neurologista e coordenador do núcleo da memória do Alta Diagnósticos.
Fora da ficção, os avanços também são concretos. A ciência tem dado passos importantes no entendimento do Alzheimer e já trouxe novos medicamentos capazes de retardar sua progressão. Um exemplo é o medicamento com a molécula Kisunla, recentemente aprovado no Brasil e que começou a ser ministrado pela Dasa — líder em medicina diagnóstica no país e primeira empresa a oferecer o tratamento, por meio do Alta Diagnósticos, sua marca premium.
O Alzheimer permanece como uma das doenças neurológicas mais desafiadoras para médicos, pacientes e famílias. De acordo com a *Organização Mundial da Saúde (OMS),no Brasil, estima-se que mais de 1,2 milhão de pessoas convivam hoje com a condição, número que tende a crescer nos próximos anos com o envelhecimento populacional. A enfermidade compromete progressivamente a memória, a autonomia e a identidade do paciente, impactando profundamente toda a rede de cuidados familiares.
Para o Dr. Diogo Haddad, a atenção à saúde cognitiva deve começar cedo: “Os avanços da neurologia permitem identificar alterações cognitivas cada vez mais cedo. A atenção à saúde cognitiva começa com uma anamnese detalhada, avaliação de fatores de risco, exames de sangue e, quando necessário, testes cognitivos ou exames de imagem. O diagnóstico precoce é a chave para oferecer qualidade de vida e preservar ao máximo a autonomia do paciente.”
Sinais de alerta para o Alzheimer
· Esquecimentos frequentes que atrapalham atividades cotidianas.
· Dificuldade em lembrar nomes de pessoas próximas ou eventos recentes.
· Alterações de humor, comportamento ou linguagem.
· Desorientação em lugares conhecidos.
“Exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, junto a avaliações clínicas, são aliados na detecção precoce da doença, permitindo maior eficácia no controle da progressão. O suporte multidisciplinar — que envolve médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e nutricionistas — é fundamental para garantir o bem-estar e a qualidade de vida do paciente e de sua família,” finaliza Diogo