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Gestão de crises: estratégias para empresas

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(Crédito: erF / iStock)

Em tempos de crise e incerteza econômica, as estratégias de gestão são cruciais para garantir a sobrevivência e a continuidade das empresas

Neste um quarto de século, em tempos de incerteza econômica, as empresas em suas distintas esferas enfrentam uma série de desafios que podem comprometer a sua estabilidade e continuidade. 

No entanto, com a implementação de estratégias eficazes de gestão de crises, possibilita-se minimizar significativamente e até mesmo encontrar oportunidades  em meio à adversidade. De fato, existem algumas práticas que podem ajudar diretamente as organizações, especialmente no que diz respeito ao atravessamento de períodos compostos por turbulências econômicas. 

Adaptação das operações 

Durante momentos de crise econômica, a primeira medida que uma empresa deve adotar diz respeito à revisão de suas operações. Em tese, fazer o ajuste do escopo das atividades, a fim de priorizar as mais rentáveis, pode ser elementar na garantia da sobrevivência da companhia. Isso significa incluir a reavaliação de linhas de produtos ou serviços que consomem muitos recursos e trazem retorno relativamente limitado. 

Para além disso, é preciso, também, focar na automação de determinados processos, bem como na digitalização, com a finalidade de otimizar a produtividade, reduzindo os custos operacionais. Outra forma de adaptação é a flexibilização da cadeia de suprimentos. 

De fato, diversificar os fornecedores e manter um relacionamento mais próximo com eles pode evitar interrupções no que diz respeito ao fluxo de materiais essenciais, possibilitando, por relação de causa e efeito, negociações mais vantajosas. 

É preciso fortalecer a cultura organizacional 

Em síntese, manter uma cultura organizacional forte e alinhada aos novos desafios pode ser uma virada de chave na gestão de crises. Nesses momentos, a liderança precisa ser transparente ao comunicar as mudanças, além de manter a equipe engajada no enfrentamento. 

Em momentos de incerteza, a confiança entre colaboradores e gestores é provavelmente um dos pilares que mantém as operações em funcionamento, visto que um ambiente de trabalho coeso tende a promover maior produtividade e adaptação a crises cíclicas deste século. 

Nesse sentido, embora pareça em um primeiro momento uma premissa simplória, incentivar a colaboração entre equipes, promover uma comunicação clara e abrir espaço para a participação dos colaboradores na solução de problemas são maneiras de fortalecer a cultura interna. Acontece que, em muitos casos, tais ações auxiliam diretamente a empresa a se adaptar de forma mais rápida e eficiente às mudanças do mercado.

Manutenção da estabilidade financeira e cortes de custos

Infelizmente, na maioria dos casos, reduzir despesas é uma ação quase inevitável em momentos de crise econômica. Por essa razão, é elementar que esse movimento seja realizado de forma estratégica. 

O foco deve ser, portanto, em cortar custos supérfluos, ou seja, diz respeito àqueles que não irão, em hipótese alguma, comprometer a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa. 

Nesse emaranhado, revisar contratos com fornecedores, negociar prazos de pagamento e investir em tecnologias que aumentem a eficiência, como softwares de gestão financeira, são práticas que irão possibilitar otimizar o fluxo de caixa e identificar áreas em que é possível economizar, sem prejudicar as operações essenciais.

A mentalidade de crescimento no processo 

Em momentos de crise, as empresas que conseguem lidar com as adversidades do mercado são aquelas que implementam uma abordagem de growth mindset (mentalidade de crescimento). 

Esse conceito, originalmente proposto pela psicóloga Carol Dweck, no livro Mindset: The New Psychology of Success, publicado originalmente em 2006, refere-se à crença de que as habilidades e competências podem ser desenvolvidas com esforço e aprendizado.

Uma empresa com mentalidade de crescimento vê os desafios como oportunidades de aprendizado, e não como obstáculos intransponíveis. Essa abordagem construtiva, não depreciativa, facilita a adaptação a novas tecnologias e processos, elementos cruciais para a continuidade e competitividade no mercado. 

Nesse sentido, ao adotar estratégias corretas, as empresas podem não apenas sobreviver à crise, mas emergir mais fortes e preparadas para o futuro. Em um cenário de incerteza econômica, adotar essa mentalidade é essencial para estimular a inovação e a capacidade de adaptação. No fim, é possível enfrentar a incerteza econômica de forma estratégica e garantir que a empresa saia dessa fase ainda mais resiliente.

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