Para ajudar na missão de encontrar um novo amor, ou ainda de manter saudável a relação amorosa existente, as arquitetas Bel e Tef dão dicas simples que podem ser aplicadas no quarto do casal ou do solteiro que quer uma parceria de vida.
Use o par como símbolo
Travesseiros, luminárias, quadros e até objetos decorativos devem estar em pares. “A repetição em dupla evoca a energia do relacionamento. Um abajur só ou uma almofada isolada podem passar a mensagem de solidão”, afirma Belisa.
Evite excesso de branco, azul e cinza
No quarto, cores frias transmitem distanciamento e introspecção. Prefira tons terrosos, rosados, vinho e outras tonalidades quentes e acolhedoras. “Queremos um ambiente que convide ao afeto, à presença e ao toque”, diz Estefânia.
Posicione a cama com acesso pelos dois lados
Um erro comum em quartos de solteiros é a cama encostada na parede. “Isso simboliza que só há espaço para uma pessoa. Para o Feng Shui, o ideal é que a cama esteja centralizada, com circulação livre dos dois lados e uma cabeceira firme como apoio emocional”, explica Tef.
Retire do quarto o que não tem relação com o amor de casal
Fotos de família, itens ou imagens religiosas e brinquedos, por exemplo, devem ficar fora do quarto do casal ou guardados de forma que não possam ser vistos. “O ambiente precisa ser destinado ao descanso e ao amor. Elementos que remetem a obrigações, julgamentos ou memórias de outras relações podem bloquear o novo”, aponta Bel que complementa: “Se possível, não trabalhe no quarto em que você dorme. É aconselhável que o home-office fique em outro local da casa”.
Crie espaço — literal e simbólico — para o outro
Deixar uma gaveta vazia, liberar espaço no armário ou manter alguns cabides livres são gestos que reforçam a intenção de acolher alguém ou algo novo. “O Feng Shui se baseia na ideia de fluxo. Se tudo está ocupado, o novo não entra”, diz Estefânia. “Criar espaço é mais do que arrumar — é se preparar para receber.”
Cuidado com as imagens
Na decoração, evite quadros de figuras solitárias, cenas tristes ou abstratas demais. Prefira representações simbólicas de união, alegria e sintonia. “Não precisa ser literal. Pode ser um casal de pássaros, flores em dupla ou uma arte que remeta a ternura”, orienta Belisa.
Evite excessos
Bagunça, excesso de móveis ou adornos pesados também dificultam o fluxo energético. “Menos é mais quando o objetivo é harmonizar”, afirma Tef. “Cada objeto deve ajudar a contar a história que você quer viver — e não a que você já superou.”
As especialistas reforçam que o Feng Shui não substitui as relações humanas, mas ajuda a criar um campo favorável para que elas floresçam. “O amor precisa de espaço, de intenção e de acolhimento. O ambiente intencionalmente preparado pode ser um aliado nesse processo — quando bem cuidado, ele se torna um reflexo das nossas melhores escolhas”, conclui Bel.
Sobre Bel e Tef: Belisa Mitsuse (Bel) e Estefânia Gamez (Tef) são arquitetas formadas pela FAU Mackenzie que encontraram, na união entre técnica e espiritualidade, uma maneira inovadora de atuar no mercado. A amizade profissional das duas começou em um escritório de arquitetura, onde trabalharam lado a lado, e se transformou em uma parceria que culminou na criação do BTliê Arquitetura, em 2014. |
Inspiradas por sua ascendência japonesa e com uma curiosidade latente pela cultura oriental, Bel e Tef mergulharam no universo do Feng Shui, integrando seus conceitos aos fundamentos sólidos da arquitetura. Esse diferencial permitiu que a dupla desmistificasse práticas supersticiosas e trouxesse uma abordagem prática e transformadora para o mercado brasileiro, rompendo com a visão cética tradicional. Além dos projetos personalizados, voltados para promover harmonia e bem-estar, as sócias expandiram sua atuação com a criação do curso Projetando com Feng Shui, a primeira formação reconhecida pelo MEC nessa área. Com ele, impactaram não apenas a vida dos clientes, mas também a carreira de outros arquitetos e designers que buscam integrar propósito e técnica em seus projetos. |
