Procedimentos estéticos durante a gravidez devem ser realizados com muito cuidado e, em alguns casos, evitados completamente, devido aos potenciais riscos tanto para a mãe quanto para o bebê. A pele, o corpo e o sistema imunológico da mulher passam por várias mudanças durante a gestação, o que pode aumentar a sensibilidade e as chances de complicações.
Segundo o Dr. José Roberto Fraga Filho, dermatologista membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e Diretor Clínico do Instituto Fraga de Dermatologia, a grande maioria dos tratamentos estéticos são contra indicados na gravidez visto que se algo acontecer, o culpado será o procedimento que foi realizado. Não existem trabalhos que possam comprovar esse efeito deletério, por isso é consenso mundial não se fazer qualquer procedimento como botox, lasers, preenchimento, entre outros. O que pode ser feito é limpeza de pele e drenagem linfática, sendo que essa somente até a 30 semanas de gestação.
“Com a gravidez o corpo da mulher vai sofrer grandes modificações, aumento do volume dos seios e a distensão do abdômen devido ao aumento do útero, assim se a pele não estiver devidamente hidratada a mesma pode vir a “rasgar” e assim ocorre a formação da estria. Importante lembrar que outro fator que predispõe as estrias são os banhos demorados e com temperatura alta sendo que isso leva há um ressecamento da pele e uma dificuldade maior de distensão”, explica Dr. Fraga.
“A pintura de cabelo está liberada com tintas menos agressivas e somente após a 12 semanas de gravidez. Com relação a depilação a laser não há estudo que se comprove o efeito deletério e por isso é consenso não se fazer”, completa.
Os seios normalmente aumentam de tamanho durante a gravidez, por isso, os cuidados devem começar desde o início. “A hidratação é fundamental para se evitar as estrias, porém deve ser evitada na área da aréola e mamilo, pois nestas regiões queremos que as mesmas fiquem mais ásperas e grossas fazendo assim que o ato de amamentar seja o mais confortável para a mãe e também para criança”, alerta o médico dermatologista.
Fonte:
Dr. José Roberto Fraga Filho
Médico dermatologista, membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, fundador e Diretor Clínico do Instituto Fraga de Dermatologia.
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