quinta-feira, novembro 14, 2024

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Amor no escritório: quando o cupido bate o ponto

60% dos trabalhadores brasileiros admitem já ter se envolvido em um relacionamento no trabalho

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O ditado “onde se ganha o pão, não se come a carne” parece não se aplicar a grande parte dos brasileiros. Uma pesquisa recente da Robert Half (2023) revelou que 60% dos trabalhadores no país admitem já ter se envolvido em um relacionamento amoroso no ambiente de trabalho. Afinal, a convivência diária e os interesses em comum podem, sim, despertar a paixão.

Mas será que misturar trabalho e amor é uma boa ideia? Os dados mostram que o caminho nem sempre é fácil. Um estudo da Universidade de Warwick (2022) aponta que 35% desses relacionamentos terminam mal, impactando negativamente o clima organizacional e a produtividade das equipes. Ciúmes, fofocas e conflitos de interesse podem surgir, criando um ambiente desconfortável para todos.

 “O relacionamento amoroso no trabalho é uma realidade cada vez mais comum, e as empresas precisam estar preparadas para lidar com essa questão de forma ética e profissional. É importante criar um ambiente de trabalho saudável, onde o respeito e a transparência sejam valores fundamentais”, explica o educador corporativo Rodrigo Lang, que também é co-fundador da Human SA, grupo educacional responsável por desenvolver habilidades humanas.

É proibido se apaixonar no trabalho?

A legislação brasileira não proíbe relacionamentos entre colegas de trabalho, desde que não haja subordinação hierárquica direta entre o casal e que a relação não prejudique o ambiente profissional. No entanto, 70% das empresas possuem políticas internas que abordam o tema, mas apenas 30% dos funcionários as conhecem, segundo pesquisa da Talenses (2024).

“É fundamental que o casal comunique o relacionamento à empresa e aos colegas, evitando qualquer tipo de favoritismo ou conflito de interesses. Além disso, é preciso manter a discrição e o profissionalismo no ambiente de trabalho”, destaca Lang.

E se o relacionamento não der certo?

Rodrigo orienta que em caso de término, é importante manter a maturidade e o profissionalismo. “Evite levar o drama para o ambiente de trabalho e procure resolver os conflitos de forma amigável. Se necessário, busque o apoio do RH da empresa”, pontua o co-fundador da Human SA.

O educador corporativo dá algumas dicas para quem se apaixonou no escritório:

●    Comunique o relacionamento à empresa: a transparência é essencial para evitar mal-entendidos e fofocas.

●    Mantenha a discrição: evite demonstrações públicas de afeto no ambiente de trabalho.

●    Separe o pessoal do profissional: não deixe que a relação interfira no desempenho de suas funções.

●    Respeite as políticas da empresa: siga as regras estabelecidas para evitar problemas futuros.

Sobre a Human SA: 

Grupo educacional que tem como propósito ser o maior ecossistema de educação em habilidades humanas orientadas à felicidade e bem-estar da América Latina até 2025. A instituição busca auxiliar líderes, gestores e profissionais a promoverem um ambiente detrabalho produtivo, saudável e feliz para todos os colaboradores.

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