A atriz e rainha da escola de samba do Carnaval do Rio de Janeiro, Viviane Araújo, que representa a Salgueiro, foi alvo de polêmica por ter uma hérnia abdominal visível em vídeo postado nas redes sociais, durante um ensaio para o desfile deste ano, que realizou na Marquês de Sapucaí, nesta semana. Na quarta-feira (12) ela fez um desabafo nas redes sociais abordando a doença: “Postei o vídeo e algumas pessoas só sabiam reparar e comentar sobre a hérnia. Não apreciavam mais nada, só falavam dela”, afirmou.
As hérnias abdominais são mais comuns do que parecem, afetam entre 20% e 25% da população adulta no Brasil, o que representa 28 milhões de adultos.
O cirurgião e presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal, Dr. Gustavo Soares, explica que as hérnias mais comuns após a gestação. “Em adultos está mais associada à gestação – devido ao aumento da cavidade abdominal, tosse persistente e excesso de peso”, explica.
Confira as principais dúvidas sobre as hérnias abdominais, esclarecidas pela SBH:
1 – O que é?
As hérnias abdominais são uma abertura na musculatura do abdome que permitem a passagem de um conteúdo de dentro da barriga para fora, podendo ser gordura ou parte de um órgão. Dor durante a prática de atividades físicas e o abaulamento (bolinha) no local são os principais sintomas da doença.
2 – Qual o tratamento?
A única forma de tratamento de uma hérnia abdominal é a cirurgia. Os pacientes precisam de cuidados médicos, já que existe o risco de complicações como o encarceramento e o estrangulamento que podem exigir cirurgia de emergência.
3 – A hérnia pode voltar?
As hérnias supraumbilicais têm um risco de recidiva (retorno) de até 8%. Para evitar que isso aconteça utilizamos telas no momento da cirurgia que reforçam a musculatura abdominal e evitam que a doença volte. Os cuidados pós-operatórios também são indispensáveis para o sucesso da cirurgia.
4 – Viviane sofre algum risco?
Ela precisa ser avaliada por um cirurgião, pois não é possível se posicionar sobre um caso sem a adequada avaliação médica. De forma geral, se a paciente estiver assintomática e sem dor, não há problema em desfilar. No entanto, se houver algum incômodo é fundamental que ela procure um cirurgião dedicado ao tratamento das hérnias, tendo em vista que o desfile em escola de samba requer um esforço grande e pode haver o encarceramento, uma grave complicação que pode levar à cirurgia de emergência.
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