domingo, dezembro 22, 2024

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Risco de Trombose Venosa Profunda em voos de longa duração pode ser evitado com medidas simples

Especialista esclarece que o uso de meias de compressão graduada pode ser uma ação eficaz para evitar o problema. Saiba quais pessoas estão mais predispostas à doença

Viajar de avião por longas distâncias pode aumentar o risco de desenvolver Trombose Venosa Profunda (TVP), um problema sério, causado pela formação de coágulos sanguíneos nas veias das pernas, que pode levar à morte. Durante voos prolongados, diversas condições dentro da aeronave podem contribuir para esse quadro.

O cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Marcone Lima Sobreira, esclarece que a pressão atmosférica dentro da cabine é mais baixa do que a normal, o que pode desencadear, segundo alguns estudos, o aumento da chance de desenvolver a trombose. Além disso, a desidratação, comum durante viagens longas, (baixa ingesta de água, somada ao fato do consumo de bebidas alcoólicas, chá ou café), pode aumentar a viscosidade sanguínea, potencializando ainda mais o risco da doença.

Outro fator relevante é a posição em que se viaja, especialmente em assentos mais apertados, como os da classe econômica. O espaço restrito e a pouca possibilidade de movimentação podem aumentar o risco, sendo que evidências sugerem que os passageiros na poltrona da janela podem estar em maior vulnerabilidade devido à menor chance de mobilização.

O cirurgião vascular explica que algumas pessoas têm uma probabilidade maior de desenvolver Trombose Venosa Profunda durante viagens, como aquelas com histórico prévio da doença, pacientes com câncer recente, obesidade ou que fazem uso de anticoncepcionais ou terapia hormonal. Ele destaca que pacientes com cirurgia recente, especialmente nos primeiros 30 dias após o procedimento, apresentam uma chance de desenvolver trombose quase 20 vezes maior (link).

O especialista orienta que para diminuir os riscos de TVP durante voos, é necessário que o passageiro adote algumas medidas de prevenção como beber bastante líquido (diminuindo o consumo de bebidas alcoólicas), evitar ficar na mesma posição por muito tempo e fazer alguns exercícios simples, como esticar e flexionar os pés regularmente.

De acordo com informações de alguns estudos, como um recente publicado pela Cochrane Library (link) que compilou dados de quase três mil pacientes em voos de longa duração, que mostram que o uso de meia elástica de compressão graduada pode reduzir significativamente o número de casos de TVP sintomática. “Essa é uma medida que pode ser recomendada pelo cirurgião vascular antes da viagem. O ideal é que a pessoa passe por uma avaliação vascular para estipular a gravidade do seu risco”, afirma o especialista.

Dr. Marcone reforça a importância da consulta com um cirurgião vascular antes de qualquer viagem, para avaliar o risco individual e receber orientações específicas de prevenção. Além disso, as medidas de segurança durante viagens de ônibus ou carro são semelhantes, mas com a vantagem de ser mais fácil parar e movimentar-se durante os trajetos.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

Sobre a SBACV-SP

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP, entidade sem fins lucrativos, é a Regional oficial da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) no estado de São Paulo. A entidade representa os médicos que atuam nas especialidades de Angiologia e de Cirurgia Vascular, nas áreas de atuação de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia, Ecografia Vascular e outras áreas afins às especialidades. www.sbacvsp.com.br

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