Dados de mercado e o impacto de artistas como Anitta ajudam a entender por que o bumbum brasileiro virou referência global de beleza.
A busca por glúteos maiores e mais definidos deixou de ser tendência passageira para se tornar um dos fenômenos mais fortes da estética mundial. Segundo projeções de mercado, o setor de gluteoplastia movimentou US$ 2,9 bilhões em 2023 e deve alcançar US$ 11,7 bilhões até 2030, crescendo em média 21,5% ao ano. O Brasil ocupa papel central nessa história, consolidando-se como o segundo país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, com forte concentração em procedimentos de contorno corporal.
Esse movimento não acontece no vazio. O bumbum brasileiro virou um branding cultural de exportação, presente na moda, na música e no imaginário internacional. Se nos anos 1990 o termo “Brazilian butt” já circulava em revistas estrangeiras, foi com a explosão da cultura pop nacional que a estética ganhou força. Nenhum nome simboliza melhor esse impacto do que Anitta. Seu videoclipe Vai Malandra ultrapassou 500 milhões de visualizações no YouTube, e em 2022 a artista se tornou a primeira brasileira a alcançar o topo do Spotify Global com Envolver. A coreografia, centrada no rebolado, viralizou no TikTok com bilhões de reproduções, transformando o bumbum da brasileira em símbolo pop internacional.
Esse efeito cultural também impulsiona a procura por procedimentos estéticos não cirúrgicos. A aplicação de bioestimuladores de colágeno cresceu 57% no mundo nos últimos anos e deve expandir mais de 11% até 2028. No Brasil, a demanda por harmonização glútea e tratamentos contra celulite e flacidez cresce acima da média mundial, refletindo o desejo de um bumbum empinado, firme e sem marcas.


É nesse contexto que surge o GoldIncision, técnica brasileira criada pelo médico Roberto Chacur. Focada no tratamento da celulite, combina a liberação das fibroses que causam os furinhos com a bioestimulação de colágeno, devolvendo firmeza e textura uniforme à pele. Realizado em consultório, com anestesia local e recuperação rápida, o método já está presente em mais de 90 países e foi eleito em 2023 o Melhor Tratamento Corporal Não Cirúrgico do Mundo no congresso AMWC, em Mônaco.
Chacur, que apresentou a técnica em congressos nos Estados Unidos, Europa e Ásia, resume o fenômeno: “O bumbum sempre foi visto como parte da identidade cultural brasileira. A música e a cultura pop ajudaram a projetar essa imagem para o mundo, e a medicina estética respondeu oferecendo soluções eficazes para atender a essa demanda. Hoje, falar de glúteos é falar ao mesmo tempo de comportamento, autoestima e ciência aplicada à beleza.”
O mercado confirma: se antes a estética corporal girava em torno do abdômen ou do busto, agora os glúteos dominam o imaginário global. E nessa nova era, o bumbum brasileiro é não só referência cultural, mas também motor de inovação médica — da música que lota estádios aos procedimentos que lotam consultórios.