Apesar de ser um produto simples e acessível, o lubrificante íntimo ainda é alvo de desinformação e, muitas vezes, de preconceito. Associado apenas a situações pontuais e necessidades específicas, seu uso carrega tabus que limitam a descoberta de novas sensações, o conforto nas relações e até o respeito ao próprio corpo. Mas será que tudo o que se fala sobre o tema é mesmo verdade?
A seguir, desvendamos alguns mitos e verdades com o apoio do ginecologista e sexólogo Dr. Vitor Maga (CRM 185.033 / RQE 92.064), que defende o lubrificante como ferramenta de liberdade, autoconhecimento e bem-estar sexual.
MITO: Lubrificante só deve ser usado quando há algum problema.
VERDADE: Segundo o Dr. Vitor, o lubrificante pode (e deve) estar presente mesmo em relações plenamente satisfatórias. “Esse tipo de produto reduz o atrito por meio da lubrificação física, aliviando a secura vaginal e o desconforto durante as relações sexuais”, explica. Ele também pode ser usado em momentos de auto toque e não precisa estar vinculado a uma condição clínica.
MITO: É só para sexo anal.
VERDADE: Embora o uso em práticas como o sexo anal seja bastante comum, principalmente porque o anus não tem lubrificação, o produto tem múltiplas aplicações. De acordo com a pesquisa Shopper, realizada por Jontex*, ele é bastante utilizado também na masturbação e em relações com penetração vaginal. As principais motivações estão ligadas ao maior conforto e à busca por novas sensações e à vontade de sair da rotina.
MITO: Se precisa de lubrificante, é porque algo está errado.
VERDADE: Não há nada de errado em querer mais conforto ou explorar novas possibilidades. Além disso, há fases da vida, como pós-parto, menopausa, amamentação ou uso de certos medicamentos, em que a lubrificação natural tende a oscilar. “O lubrificante é um aliado do prazer e não um sinal de que há algo errado”, afirma o Dr. Vitor.
MITO: Todos os lubrificantes são iguais.
VERDADE: O mercado evoluiu e hoje há fórmulas que vão além do básico. Um exemplo é o lubrificante sensação Pele com Pele, de Jontex, que possui possui longa duração (comparado aos lubrificantes a base de água) e promove um toque aveludado. Com fórmula à base de silicone, demora até quatro vezes mais para secar, comparado a lubrificantes à base de água, favorecendo o conforto prolongado. É dermatologicamente testado, compatível com preservativos de látex e poliisopreno, sem cheiro e não mancha.
MITO: Usar lubrificante interfere no uso de preservativos.
VERDADE: Lubrificantes à base de água ou silicone, como os dermatologicamente testados, são compatíveis com o uso de preservativos de látex e poliisopreno. É importante apenas evitar produtos à base de óleo, que podem danificar o látex.**
MITO: Lubrificante é assunto íntimo demais para ser discutido.
VERDADE: Falar sobre lubrificante é falar sobre saúde sexual, conforto e liberdade. Segundo André Mendes, head da categoria de Intimate Wellness da Reckitt Comercial, normalizar o uso desses produtos é essencial. “Quando falamos sobre saúde sexual, falamos também sobre autoestima, liberdade e qualidade de vida. Incluir o lubrificante na rotina é um gesto de cuidado, consigo e com o outro.”