Estilo valoriza a sensação de amplitude e integração em residências contemporâneas. Arquiteto aponta os benefícios da conexão entre ambientes e compartilha dicas práticas para adotar a proposta







Mobilidade e funcionalidade: o conceito aberto na decoração atua como uma estratégia para unir ambientes, permitindo que a divisão seja feita por móveis e elementos decorativos, em vez de paredes. Além de proporcionar uma conexão mais fluida entre os cômodos, essa abordagem amplia a percepção de espaço.
Neste layout, a marcenaria e a decoração assumem papel de destaque, pois são responsáveis por delimitar visualmente os diferentes setores. A proposta está alinhada aos conceitos da arquitetura moderna e tem ganhado cada vez mais espaço, influenciada por referências da mídia — como as cozinhas com ilha e salas integradas.
“Antes de aplicar o conceito aberto em um apartamento, é fundamental considerar a estrutura do edifício. Em construções verticais, paredes estruturais e pilares podem limitar as alterações possíveis. Por isso, a orientação de um profissional é indispensável. Mesmo que grandes intervenções não sejam possíveis, ainda é viável adaptar o imóvel com soluções pontuais inspiradas no conceito aberto”, explica o arquiteto da GT Building, Fabio Lima.
Uma das formas mais comuns de adotar o conceito é integrar entre salas de estar, jantar e cozinha. Sofás, poltronas, bancadas ou aparadores funcionam como divisores sutis, que mantêm os espaços conectados sem abrir mão da organização. Entre os principais benefícios do conceito aberto estão a sensação de amplitude, já que se tem uma visão mais ampla dos ambientes, e o ganho em iluminação natural e da ventilação, favorecendo a circulação de ar e luz. A ausência de barreiras também estimula a convivência e a interação entre os moradores, promovendo um ambiente mais acolhedor e integrado. Outro diferencial é a flexibilidade na disposição dos móveis e na composição da decoração, permitindo adaptações criativas conforme as necessidades e o estilo de vida de cada pessoa.
Como aplicar o conceito aberto no imóvel?
- Integre cozinha, sala de estar e jantar com harmonia: a chave para uma integração eficiente está na escolha de mobiliários estratégicos. Elementos como bancadas, ilhas centrais ou mesas amplas funcionam como pontos de transição, conectando as áreas ao mesmo tempo que favorecem a circulação e o convívio. Uma ilha, por exemplo, pode ser usada tanto para o preparo das refeições quanto como espaço social para reunir família e amigos. “Para reforçar essa fluidez, é importante pensar no layout como um todo. Posicionar a mesa de jantar próxima à cozinha facilita o serviço e cria uma conexão visual entre os espaços. Investir em armários planejados com design clean também é essencial para manter a organização e garantir que a cozinha se integre com leveza ao restante do ambiente”, complementa Fabio.
- Use móveis multifuncionais para dividir sem isolar: no conceito aberto, a divisão dos ambientes é feita com sutileza e funcionalidade. Sofás, estantes vazadas, aparadores ou mesas extensíveis são ótimas opções para organizar o espaço e definir áreas específicas, sem comprometer a continuidade visual.
- Valorize a iluminação para destacar cada área: a iluminação é uma aliada poderosa na ambientação de espaços integrados. O ideal é combinar uma luz geral, com plafons e spots embutidos, com pontos de luz direcionada que valorizem áreas específicas — como pendentes sobre a mesa de jantar ou trilhos de iluminação na cozinha.
- Revestimentos e cores que criam unidade visual: para reforçar a continuidade entre os ambientes, a escolha dos pisos e das cores deve ser feita com atenção. Revestimentos uniformes — como madeira, porcelanato ou cimento queimado — criam uma base coesa. Nas paredes, a combinação de tons suaves e neutros, como bege, cinza claro ou branco, contribui para ampliar a luminosidade e a sensação de espaço.