terça-feira, novembro 25, 2025

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Betfair aponta 26 erros de arbitragem em Copas do Mundo e reescreve história dos mundiais com uso do VAR

Levantamento mostra que Brasil poderia perder o título com a ação do VAR nas copas de 1970, 1994 e 2002; campanhas da Argentina ficariam sob-análise da tecnologia em 1978 e 1986

Ainda que a utilização do VAR cause polêmicas por si só, a introdução da tecnologia no futebol chegou para, em tese, acabar com os erros da arbitragem de campo. Até a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, a situação era um pouco pior: um erro do juiz não tinha como ser revisto, com grande potencial para influenciar o resultado de uma partida e o torneio como um todo.

Pois como seria se o VAR estivesse em todas as Copas do Mundo, desde 1930? Será que o resultado de algum mundial seria diferente? Algum jogador histórico que nunca ergueu o tão desejado troféu teria alcançado a alcunha de campeão do mundo? E o Brasil? Ainda seria penta? Para responder a essas e outras perguntas, a Betfair, uma das maiores casas de apostas do mundo, levantou dados históricos avaliando decisões controversas das Copas de forma retroativa. A Betfair reuniu todas as possibilidades no site O VAR nas Copas, que já está disponível para os torcedores fazerem suas próprias análises.

O resultado da pesquisa surpreende. As campanhas dos últimos três títulos da Seleção Brasileira aparecem no estudo, potencialmente impactando a história vencedora do país com mais títulos em Copas do Mundo. Grande estrela do tricampeonato brasileiro em 1970, Pelé ficaria fora da grande decisão se houvesse VAR na semifinal contra o Uruguai. Naquela oportunidade, o melhor camisa 10 da história brasileira deu uma cotovelada em um defensor adversário e não recebeu cartão, embora, se houvesse análise da tecnologia, poderia ter sido expulso.

Na campanha do tetra, em 1994, o Brasil avançou para as semifinais ao bater a Holanda por 3×2. O gol decisivo, porém, veio no fim da partida após uma falta sofrida por Branco. Mas essa falta não deveria ter sido marcada, segundo o estudo, o que poderia ter mudado o resultado da partida. Já em 2002, um gol anulado da Bélgica, eliminada pelos brasileiros nas quartas de final de 2002, deveria ter sido validado, podendo mudar a história da vitória por 2×0 do time pentacampeão.

Mesmo em um ano sem título, como 2014, a trajetória do Brasil também teria sido mais complicada. Em plena estreia, o gol de virada do Brasil para cima da Croácia veio a partir de um pênalti considerado mal marcado em Fred e convertido por Neymar. A partida acabou 3×1 para os anfitriões.

Rivaldo ainda não confia no VAR

Campeão da Copa do Mundo em 2002 e embaixador da Betfair, o craque Rivaldo já declarou anteriormente que é contra o VAR, independentemente dos erros que o uso da tecnologia pode ajudar a identificar e corrigir. Ele comentou sobre a análise feita pela casa de apostas:

“A Betfair identificou que 26 lances poderiam ter interferido nos jogos e decisões, fazendo uma análise fria do jogo. No entanto, o VAR também se equivoca, da mesma forma que o árbitro de campo errava antes. Hoje, o árbitro e a equipe de seis ou sete pessoas lá em cima ainda não conseguem enxergar o que acontece em campo. Mesmo com a tecnologia e as imagens, vemos erros absurdos. Às vezes, as pessoas que trabalham no VAR nunca jogaram futebol. Sou contra o VAR por isso: em alguns lances, acerta, mas em outros, a polêmica continua, como era antigamente, acontece do mesmo jeito”, destacou Rivaldo sobre a utilização da tecnologia no futebol.

O embaixador da Betfair ainda comentou que o VAR tenta acabar com a malandragem no futebol, tirando a emoção para o torcedor e a malícia do jogador nas partidas.

“Sou contra essa tecnologia. O futebol tem que ter emoção, malícia, mas eles quiseram tirar isso do jogo, essa malandragem. O VAR deveria corrigir os erros, mas, mesmo com ele, eles continuam. Há lances de pênalti que o VAR analisa e concede, mas que, na verdade, não foram. E vice-versa. Muitas vezes, lances simples não são detectados corretamente”, disse o melhor jogador do mundo de 1999.

Dois títulos mundiais da Argentina teriam análise do VAR

O título da Argentina em 1978 aparece em xeque no levantamento da Betfair, que aponta polêmicas desde a fase de grupos até a final. Os erros vão de um pênalti marcado para os donos da casa contra a França, nos primeiros jogos do torneio, até a controversa decisão contra a Holanda. Segundo o estudo, os gols anulados dos eventuais vice-campeões poderiam ter sido validados.

Oito anos depois, a Argentina voltaria a ser o foco de uma das maiores polêmicas das Copas. O ídolo Diego Maradona socou a bola para dentro do gol na vitória contra a Inglaterra nas quartas de final de 1986, num momento que entrou para a história como “La Mano de Dios”. Com a existência do VAR, o tento seria anulado e o placar seguiria 1×1 deixando em aberto a partida. A Argentina acabou por eliminar os rivais ingleses por 2×1 e assim, conquistou seu segundo título mundial.

Erros em 2006 e 2010

Em mundiais mais recentes, a lista de erros de arbitragem também é grande. Na fase de oitavas de final, partidas das Copas de 2006 e 2010 também aparecem no estudo. Na Copa realizada na Alemanha, a eventual campeã Itália só passou pela Austrália nas oitavas de final por conta de um pênalti não existente marcado em Fábio Grosso, aos 92 minutos, convertido por Francesco Totti.

Quatro anos depois, na África do Sul, um gol legítimo de Frank Lampard pela Inglaterra que empataria o jogo contra a Alemanha não foi contabilizado, pois o juiz entendeu que a bola não tinha entrado, num dos lances mais polêmicos da história das Copas. Já um tento de Tevez pela Argentina sobre o México, naquela mesma fase de mata-mata, deveria ter sido invalidado por impedimento. Os sul-americanos venceram por 3×1. Já os ingleses foram eliminados por 4×1.

No total, o levantamento da Betfair detectou 26 decisões de arbitragem que poderiam mudar a história das Copas. Todas podem ser vistas no site O VAR nas Copas.

Sobre a Betfair

Uma das maiores provedoras de apostas esportivas online do mundo, a Betfair é patrocinadora oficial das equipes do Cruzeiro e do Vasco da Gama. A empresa, fundada em Londres (ING) no ano de 2000, foi pioneira na oferta de apostas peer-to-peer (Betfair Exchange) e gerencia um conjunto completo de apostas esportivas e produtos de jogos on-line para mais de quatro milhões de clientes maiores de idade em todo o mundo. Graças à sua tecnologia de ponta, a plataforma oferece um amplo catálogo de produtos que permite apostar com suas próprias cotas e cotas oferecidas por outros usuários. A Betfair está licenciada para operar apostas online e outros jogos em 19 países, incluindo Espanha, Itália, Malta e Grã-Bretanha. Use a cabeça. Jogue com responsabilidade. Portaria SPA/MF nº 248.

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